sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Squint

Óculos de grau, aparelho fixo. Sonhos de infância, pesadelos tardios da minha recém vida adulta. Objetos que alteram a minha aparência para corrigir o que os olhos dos outros não podem ver. Com eles ganho uma nova percepção de idade e de personalidade, mas será que estão distorcendo ou apenas revelando? Será que a minha alma usa óculos - mesmo que apenas para ler - e aparelho?

Será que a minha alma é míope? O que já deixei de ver? Ou pior, o que entendi errado por causa do blur de 1 grau? Essa é uma diferença tão pequena, mas que é capaz de me dar sono em sessões noturnas de filmes legendados e dor de cabeça depois de um dia em frente ao computador. Talvez não tenha sido nada grave, uma discussão no almoço, um mal-entendido em algum trabalho de escola - as palavras embaçadas poderiam facilmente ser confundidas -, um esforço que não soube reconhecer.

Acho que preciso marcar uma consulta com um profissional que saiba resolver defeitos mais profundos que um canal. Se alguém conhecer algum, por favor me indique.

Um comentário:

Érika Mitie Honda disse...

Muito profundo... mas eu nao gastaria meu dinheiro procurando o tipo de profissional que vc diz querer... e tbm... apesar de eu mesma me preocupar muito com o que os outros pensam e vêem, eu nao acho que deva ser mais prioritário do que vc sente.

Bjs,
Erikinhazeta
Ps: vc conhece a Gabi?