Se eu continuasse o meu post anterior sobre os grandes tombos da vida, estaria traindo a essência desta minha última experiência. Sob o olhar débil de uma alma cega, eu vi nas mãos dele a minha e a sentença final dele. A minha, como a de outras pessoas que se encontravam naquele lugar, poderia muito bem ser a morte, de gosto metálico e cinza, a dele seria a perseguição perpétua: a perseguição da justiça mundana, a perseguição de seus pares, a empreendida pela sua própria imensa covardia - não há coragem, onde não houver paridade de armas - e a de todos os olhares de monstros obscuros dos quais não há de se olvidar....estão em toda a parte. ......Mas ele, que pode pertencer a uma Legião, apenas retirou uma minúscula poça de meu oceano de sutilezas, alguns objetos insubstituíveis que ainda doem em minha lembrança e dinheiro. Bens que jamais serão levados além dessa vida, mas serão, na medida da desonestidade empregada, sopesados num enorme e inexorável julgamento. Digo isso para o ser vivente que seja responsável por esse transtorno que não duvide, pois se ninguém voltou para contar, é porque nesse caminho não há volta e, pior, ele dura para sempre.
domingo, 27 de julho de 2008
Notas de um exorcismo
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5 comentários:
Nossa... Dá pra ver minha cara de tacho?... Vou ter que reler este post umas 10 vezes para conseguir "assimilar e acomodar", como diria Piaget... rsrsrs
É...eu já li umas 5 e ainda não assentou direito, rsrs. Se você conseguir assimilar e acomodar...me explica depois?
Hahahahahah! Vamos pedir um "Notas de um exorcismo" For Dummies!
Nossa! Acho que entendi!!!
Quando isso aconteceu?? Você tá bem??
(será que entendi certo?)
Acho que também entendi!
[É uma sensação estranha essa...
De conseguir trocar a "lente" pela qual se olha alguma coisa...
Acho que ando fazendo muito leitura dinâmica... Preciso voltar a ler poesias...]
Deve ter sido horrível... Espero que esteja bem, na medida do possível... E que no final seja uma daquelas coisas que te abalam, até te desestruturam, mas não permanecem te assombrando...
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